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domingo, 28 de novembro de 2010

Reunião da Microrregião


No dia 06/11 aconteceu, na cidade de Alumínio, a reunião ordinário da Microrregião de São Roque.

Os professores Rogério de Souza e Marcelo Roque compareceram na reunião e contribuíram para a discussão sobre o planejamento da Micro para o ano de 2011.

A próxima reunião será no dia 11/12 na cidade de Alumínio às 15h.


Participem!

Violência no Rio de Janeiro

A explosão da violência no Rio de Janeiro tem causado um forte sentimento de desespero e comoção nacional. Devido à gravidade dos acontecimentos e influenciados por parte da mídia brasileira – mais preocupada com os altos índices de audiência do que com a solução do problema, poucos conseguem fazer uma leitura lúcida dos fatos.

Luiz Eduardo Soares, ex-Secretário de Segurança do Rio de Janeiro e ex-Secretário Nacional de Segurança Pública produziu uma reflexão que nos ajuda a alargar a visão sobre acontecimentos tão complicados.

Trata-se de uma reflexão coerente e indispensável para aqueles que estão dispostos a entender o tema de maneira crítica.

Boa leitura, Rogério de Souza.


A crise no Rio e o pastiche midiático

Luiz Eduardo Soares

Sempre mantive com jornalistas uma relação de respeito e cooperação. Em alguns casos, o contato profissional evoluiu para amizade. Quando as divergências são muitas e profundas, procuro compreender e buscar bases de um consenso mínimo, para que o diálogo não se inviabilize. Faço-o por ética –supondo que ninguém seja dono da verdade, muito menos eu--, na esperança de que o mesmo procedimento seja adotado pelo interlocutor. Além disso, me esforço por atender aos que me procuram, porque sei que atuam sob pressão, exaustivamente, premidos pelo tempo e por pautas urgentes. A pressa se intensifica nas crises, por motivos óbvios. Costumo dizer que só nós, da segurança pública (em meu caso, quando ocupava posições na área da gestão pública da segurança), os médicos e o pessoal da Defesa Civil, trabalhamos tanto –ou sob tanta pressão-- quanto os jornalistas.
Digo isso para explicar por que, na crise atual, tenho recusado convites para falar e colaborar com a mídia:
(1) Recebi muitos telefonemas, recados e mensagens. As chamadas são contínuas, a tal ponto que não me restou alternativa a desligar o celular. Ao todo, nesses dias, foram mais de cem pedidos de entrevistas ou declarações. Nem que eu contasse com uma equipe de secretários, teria como responder a todos e muito menos como atendê-los. Por isso, aproveito a oportunidade para desculpar-me. Creiam, não se trata de descortesia ou desapreço pelos repórteres, produtores ou entrevistadores que me procuraram.
(2) Além disso, não tenho informações de bastidor que mereçam divulgação. Por outro lado, não faria sentido jogar pelo ralo a credibilidade que construí ao longo da vida. E isso poderia acontecer se eu aceitasse aparecer na TV, no rádio ou nos jornais, glosando os discursos oficiais que estão sendo difundidos, declamando platitudes, reproduzindo o senso comum pleno de preconceitos, ou divagando em torno de especulações. A situação é muito grave e não admite leviandades. Portanto, só faria sentido falar se fosse para contribuir de modo eficaz para o entendimento mais amplo e profundo da realidade que vivemos. Como fazê-lo em alguns parcos minutos, entrecortados por intervenções de locutores e debatedores? Como fazê-lo no contexto em que todo pensamento analítico é editado, truncado, espremido –em uma palavra, banido--, para que reinem, incontrastáveis, a exaltação passional das emergências, as imagens espetaculares, os dramas individuais e a retórica paradoxalmente triunfalista do discurso oficial?
(3) Por fim, não posso mais compactuar com o ciclo sempre repetido na mídia: atenção à segurança nas crises agudas e nenhum investimento reflexivo e informativo realmente denso e consistente, na entressafra, isto é, nos intervalos entre as crises. Na crise, as perguntas recorrentes são: (a) O que fazer, já, imediatamente, para sustar a explosão de violência? (b) O que a polícia deveria fazer para vencer, definitivamente, o tráfico de drogas? (c) Por que o governo não chama o Exército? (d) A imagem internacional do Rio foi maculada? (e) Conseguiremos realizar com êxito a Copa e as Olimpíadas?
Ao longo dos últimos 25 anos, pelo menos, me tornei “as aspas” que ajudaram a legitimar inúmeras reportagens. No tópico, “especialistas”, lá estava eu, tentando, com alguns colegas, furar o bloqueio à afirmação de uma perspectiva um pouquinho menos trivial e imediatista. Muitas dessas reportagens, por sua excelente qualidade, prescindiriam de minhas aspas –nesses casos, reduzi-me a recurso ocioso, mera formalidade das regras jornalísticas. Outras, nem com todas as aspas do mundo se sustentariam. Pois bem, acho que já fui ou proporcionei aspas o suficiente. Esse código jornalístico, com as exceções de praxe, não funciona, quando o tema tratado é complexo, pouco conhecido e, por sua natureza, rebelde ao modelo de explicação corrente. Modelo que não nasceu na mídia, mas que orienta as visões aí predominantes. Particularmente, não gostaria de continuar a ser cúmplice involuntário de sua contínua reprodução.
Eis por que as perguntas mencionadas são expressivas do pobre modelo explicativo corrente e por que devem ser consideradas obstáculos ao conhecimento e réplicas de hábitos mentais refratários às mudanças inadiáveis. Respondo sem a elegância que a presença de um entrevistador exigiria. Serei, por assim dizer, curto e grosso, aproveitando-me do expediente discursivo aqui adotado, em que sou eu mesmo o formulador das questões a desconstruir. Eis as respostas, na sequência das perguntas, que repito para facilitar a leitura:
(a) O que fazer, já, imediatamente, para sustar a violência e resolver o desafio da insegurança?
Nada que se possa fazer já, imediatamente, resolverá a insegurança. Quando se está na crise, usam-se os instrumentos disponíveis e os procedimentos conhecidos para conter os sintomas e salvar o paciente. Se desejamos, de fato, resolver algum problema grave, não é possível continuar a tratar o paciente apenas quando ele já está na UTI, tomado por uma enfermidade letal, apresentando um quadro agudo. Nessa hora, parte-se para medidas extremas, de desespero, mobilizando-se o canivete e o açougueiro, sem anestesia e assepsia. Nessa hora, o cardiologista abre o tórax do moribundo na maca, no corredor. Não há como construir um novo hospital, decente, eficiente, nem para formar especialistas, nem para prevenir epidemias, nem para adotar procedimentos que evitem o agravamento da patologia. Por isso, o primeiro passo para evitar que a situação se repita é trocar a pergunta. O foco capaz de ajudar a mudar a realidade é aquele apontado por outra pergunta: o que fazer para aperfeiçoar a segurança pública, no Rio e no Brasil, evitando a violência de todos os dias, assim como sua intensificação, expressa nas sucessivas crises?
Se o entrevistador imaginário interpelar o respondente, afirmando que a sociedade exige uma resposta imediata, precisa de uma ação emergencial e não aceita nenhuma abordagem que não produza efeitos práticos imediatos, a melhor resposta seria: caro amigo, sua atitude representa, exatamente, a postura que tem impedido avanços consistentes na segurança pública. Se a sociedade, a mídia e os governos continuarem se recusando a pensar e abordar o problema em profundidade e extensão, como um fenômeno multidimensional a requerer enfrentamento sistêmico, ou seja, se prosseguirmos nos recusando, enquanto Nação, a tratar do problema na perspectiva do médio e do longo prazos, nos condenaremos às crises, cada vez mais dramáticas, para as quais não há soluções mágicas.
A melhor resposta à emergência é começar a se movimentar na direção da reconstrução das condições geradoras da situação emergencial. Quanto ao imediato, não há espaço para nada senão o disponível, acessível, conhecido, que se aplica com maior ou menor destreza, reduzindo-se danos e prolongando-se a vida em risco.
A pergunta é obtusa e obscurantista, cúmplice da ignorância e da apatia.
(b) O que as polícias fluminenses deveriam fazer para vencer, definitivamente, o tráfico de drogas?
Em primeiro lugar, deveriam parar de traficar e de associar-se aos traficantes, nos “arregos” celebrados por suas bandas podres, à luz do dia, diante de todos. Deveriam parar de negociar armas com traficantes, o que as bandas podres fazem, sistematicamente. Deveriam também parar de reproduzir o pior do tráfico, dominando, sob a forma de máfias ou milícias, territórios e populações pela força das armas, visando rendimentos criminosos obtidos por meios cruéis.
Ou seja, a polaridade referida na pergunta (polícias versus tráfico) esconde o verdadeiro problema: não existe a polaridade. Construí-la –isto é, separar bandido e polícia; distinguir crime e polícia-- teria de ser a meta mais importante e urgente de qualquer política de segurança digna desse nome. Não há nenhuma modalidade importante de ação criminal no Rio de que segmentos policiais corruptos estejam ausentes. E só por isso que ainda existe tráfico armado, assim como as milícias.
Não digo isso para ofender os policiais ou as instituições. Não generalizo. Pelo contrário, sei que há dezenas de milhares de policiais honrados e honestos, que arriscam, estóica e heroicamente, suas vidas por salários indignos. Considero-os as primeiras vítimas da degradação institucional em curso, porque os envergonha, os humilha, os ameaça e acua o convívio inevitável com milhares de colegas corrompidos, envolvidos na criminalidade, sócios ou mesmo empreendedores do crime.
Não nos iludamos: o tráfico, no modelo que se firmou no Rio, é uma realidade em franco declínio e tende a se eclipsar, derrotado por sua irracionalidade econômica e sua incompatibilidade com as dinâmicas políticas e sociais predominantes, em nosso horizonte histórico. Incapaz, inclusive, de competir com as milícias, cuja competência está na disposição de não se prender, exclusivamente, a um único nicho de mercado, comercializando apenas drogas –mas as incluindo em sua carteira de negócios, quando conveniente. O modelo do tráfico armado, sustentado em domínio territorial, é atrasado, pesado, anti-econômico: custa muito caro manter um exército, recrutar neófitos, armá-los (nada disso é necessário às milícias, posto que seus membros são policiais), mantê-los unidos e disciplinados, enfrentando revezes de todo tipo e ataques por todos os lados, vendo-se forçados a dividir ganhos com a banda podre da polícia (que atua nas milícias) e, eventualmente, com os líderes e aliados da facção. É excessivamente custoso impor-se sobre um território e uma população, sobretudo na medida que os jovens mais vulneráveis ao recrutamento comecem a vislumbrar e encontrar alternativas. Não só o velho modelo é caro, como pode ser substituído com vantagens por outro muito mais rentável e menos arriscado, adotado nos países democráticos mais avançados: a venda por delivery ou em dinâmica varejista nômade, clandestina, discreta, desarmada e pacífica. Em outras palavras, é melhor, mais fácil e lucrativo praticar o negócio das drogas ilícitas como se fosse contrabando ou pirataria do que fazer a guerra. Convenhamos, também é muito menos danoso para a sociedade, por óbvio.
(c) O Exército deveria participar?
Fazendo o trabalho policial, não, pois não existe para isso, não é treinado para isso, nem está equipado para isso. Mas deve, sim, participar. A começar cumprindo sua função de controlar os fluxos das armas no país. Isso resolveria o maior dos problemas: as armas ilegais passando, tranquilamente, de mão em mão, com as benções, a mediação e o estímulo da banda podre das polícias.
E não só o Exército. Também a Marinha, formando uma Guarda Costeira com foco no controle de armas transportadas como cargas clandestinas ou despejadas na baía e nos portos. Assim como a Aeronáutica, identificando e destruindo pistas de pouso clandestinas, controlando o espaço aéreo e apoiando a PF na fiscalização das cargas nos aeroportos.
(d) A imagem internacional do Rio foi maculada?
Claro. Mais uma vez.
(e) Conseguiremos realizar com êxito a Copa e as Olimpíadas?
Sem dúvida. Somos ótimos em eventos. Nesses momentos, aparece dinheiro, surge o “espírito cooperativo”, ações racionais e planejadas impõem-se. Nosso calcanhar de Aquiles é a rotina. Copa e Olimpíadas serão um sucesso. O problema é o dia a dia.

Palavras Finais

Traficantes se rebelam e a cidade vai à lona. Encena-se um drama sangrento, mas ultrapassado. O canto de cisne do tráfico era esperado. Haverá outros momentos análogos, no futuro, mas a tendência declinante é inarredável. E não porque existem as UPPs, mas porque correspondem a um modelo insustentável, economicamente, assim como social e politicamente. As UPPs, vale dizer mais uma vez, são um ótimo programa, que reedita com mais apoio político e fôlego administrativo o programa “Mutirões pela Paz”, que implantei com uma equipe em 1999, e que acabou soterrado pela política com “p” minúsculo, quando fui exonerado, em 2000, ainda que tenha sido ressuscitado, graças à liderança e à competência raras do ten.cel. Carballo Blanco, com o título GPAE, como reação à derrocada que se seguiu à minha saída do governo. A despeito de suas virtudes, valorizadas pela presença de Ricardo Henriques na secretaria estadual de assistência social --um dos melhores gestores do país--, elas não terão futuro se as polícias não forem profundamente transformadas. Afinal, para tornarem-se política pública terão de incluir duas qualidades indispensáveis: escala e sustentatibilidade, ou seja, terão de ser assumidas, na esfera da segurança, pela PM. Contudo, entregar as UPPs à condução da PM seria condená-las à liquidação, dada a degradação institucional já referida.
O tráfico que ora perde poder e capacidade de reprodução só se impôs, no Rio, no modelo territorializado e sedentário em que se estabeleceu, porque sempre contou com a sociedade da polícia, vale reiterar. Quando o tráfico de drogas no modelo territorializado atinge seu ponto histórico de inflexão e começa, gradualmente, a bater em retirada, seus sócios –as bandas podres das polícias-- prosseguem fortes, firmes, empreendedores, politicamente ambiciosos, economicamente vorazes, prontos a fixar as bandeiras milicianas de sua hegemonia.
Discutindo a crise, a mídia reproduz o mito da polaridade polícia versus tráfico, perdendo o foco, ignorando o decisivo: como, quem, em que termos e por que meios se fará a reforma radical das polícias, no Rio, para que estas deixem de ser incubadoras de milícias, máfias, tráfico de armas e drogas, crime violento, brutalidade, corrupção? Como se refundarão as instituições policiais para que os bons profissionais sejam, afinal, valorizados e qualificados? Como serão transformadas as polícias, para que deixem de ser reativas, ingovernáveis, ineficientes na prevenção e na investigação?
As polícias são instituições absolutamente fundamentais para o Estado democrático de direito. Cumpre-lhes garantir, na prática, os direitos e as liberdades estipulados na Constituição. Sobretudo, cumpre-lhes proteger a vida e a estabilidade das expectativas positivas relativamente à sociabilidade cooperativa e à vigência da legalidade e da justiça. A despeito de sua importância, essas instituições não foram alcançadas em profundidade pelo processo de transição democrática, nem se modernizaram, adaptando-se às exigências da complexa sociedade brasileira contemporânea. O modelo policial foi herdado da ditadura. Ele servia à defesa do Estado autoritário e era funcional ao contexto marcado pelo arbítrio. Não serve à defesa da cidadania. A estrutura organizacional de ambas as polícias impede a gestão racional e a integração, tornando o controle impraticável e a avaliação, seguida por um monitoramento corretivo, inviável. Ineptas para identificar erros, as polícias condenam-se a repeti-los. Elas são rígidas onde teriam de ser plásticas, flexíveis e descentralizadas; e são frouxas e anárquicas, onde deveriam ser rigorosas. Cada uma delas, a PM e a Polícia Civil, são duas instituições: oficiais e não-oficiais; delegados e não-delegados.
E nesse quadro, a PEC-300 é varrida do mapa no Congresso pelos governadores, que pagam aos policiais salários insuficientes, empurrando-os ao segundo emprego na segurança privada informal e ilegal.
Uma das fontes da degradação institucional das polícias é o que denomino "gato orçamentário", esse casamento perverso entre o Estado e a ilegalidade: para evitar o colapso do orçamento público na área de segurança, as autoridades toleram o bico dos policiais em segurança privada. Ao fazê-lo, deixam de fiscalizar dinâmicas benignas (em termos, pois sempre há graves problemas daí decorrentes), nas quais policiais honestos apenas buscam sobreviver dignamente, apesar da ilegalidade de seu segundo emprego, mas também dinâmicas malignas: aquelas em que policiais corruptos provocam a insegurança para vender segurança; unem-se como pistoleiros a soldo em grupos de extermínio; e, no limite, organizam-se como máfias ou milícias, dominando pelo terror populações e territórios. Ou se resolve esse gargalo (pagando o suficiente e fiscalizando a segurança privada /banindo a informal e ilegal; ou legalizando e disciplinando, e fiscalizando o bico), ou não faz sentido buscar aprimorar as polícias.
O Jornal Nacional, nesta quinta, 25 de novembro, definiu o caos no Rio de Janeiro, salpicado de cenas de guerra e morte, pânico e desespero, como um dia histórico de vitória: o dia em que as polícias ocuparam a Vila Cruzeiro. Ou eu sofri um súbito apagão mental e me tornei um idiota contumaz e incorrigível ou os editores do JN sentiram-se autorizados a tratar milhões de telespectadores como contumazes e incorrigíveis idiotas.
Ou se começa a falar sério e levar a sério a tragédia da insegurança pública no Brasil, ou será pelo menos mais digno furtar-se a fazer coro à farsa.

Disponível em: http://luizeduardosoares.blogspot.com/2010/11/crise-no-rio-e-o-pastiche-midiatico.html. Acesso em 27/11/2010.

Saiba um pouco mais sobre a profissão de Vereador

Fonte: Blog do Servidor Público

Para se candidatar é necessário atender os seguintes requisitos:

-Ter nacionalidade brasileira;
- Estar filiado em algum partido político;
- Ter idade mínima de 18 anos;
- Possuir domicílio eleitoral no município pelo qual concorre ao cargo;
- Ter pleno exercício dos direitos políticos.

É estabelecido também a quantidade de vereadores em uma Câmara, o salário deles é determinado pelo número de habitantes do município. Nas cidades com até 10.000 habitantes, os salários devem ser no máximo 20% do salário do deputado estadual. Em localidades entre 10.001 e 50.000 habitantes, no máximo 30%. Entre 50.001 e 100.000, no máximo 40% do subsídio do deputado estadual. Entre 100.001 e 300.000 habitantes, no máximo 50% do subsídio do deputado estadual. Em municípios de mais de 500.000 habitantes, no máximo 70% do subsídio do deputado estadual. Por essa razão, os salários têm grande variação. Essa diferença se explica ainda pelo fato de que o salário dos vereadores é definido em votação nas respectivas Câmaras, respeitando-se o critério constitucional .

- Número de vereadores por habitantes:• de 15 a 30 mil habitantes - 11 vereadores
• de 30 a 50 mil habitantes- 13 vereadores
• de 50 a 80 mil habitantes- 15 vereadores
• de 80 a 120 mil habitantes -17 vereadores
• de 120 a 160 mil habitantes- 19 vereadores
• de 160 a 300 mil habitantes- 21 vereadores
• de 300 a 450 mil habitantes- 23 vereadores
• de 450 a 600 mil habitantes - 25 vereadores
• de 600 a 750 mil habitantes - 27 vereadores
• de 750 a 900 mil habitantes- 29 vereadores
• de 900 a 1,05 milhão de habitantes - 31 vereadores
• de 1,05 milhão a 1,2 milhão de habitantes - 33 vereadores
• de 1,2 milhão a 1,3 milhão de habitantes - 35 vereadores
• de 1,3 milhão a 1,5 milhão de habitantes - 37 vereadores
• de 1,5 milhão a 1,8 milhão de habitantes - 39 vereadores
• de 1,8 milhão a 2,4 milhões de habitantes- 41 vereadores
• de 2,4 milhão a 3 milhões de habitantes - 43 vereadores
• de 3 a 4 milhões de habitantes - 45 vereadores
• de 4 a 5 milhões de habitantes- 47 vereadores
• de 5 a 6 milhões de habitantes - 49 vereadores
• de 6 a 7 milhões de habitantes - 51 vereadores
• de 7 a 8 milhões de habitantes – 53 vereadores

Vereador tem inviolabilidade. Essa inviolabilidade, como determina o art. 29, VIII da Constituição Federal, o protege por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do seu município.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

'Escudo tucano' em SP desafia petistas

Malu Delgado - O Estado de S.Paulo

O Estado de São Paulo tem se mostrado como uma espécie de escudo eleitoral que o PT não consegue transpor. O diagnóstico, feito a partir do resultado das eleições deste ano e de pleitos passados, deixa dirigentes do partido em Estado de alerta e exige uma reformulação de estratégias para disputas futuras.

O PT progressivamente aumenta sua penetração entre segmentos populares e de baixa renda, mas seu discurso não tem comovido o eleitor paulista de classes médias mais conservadoras, mais escolarizado e de maior renda nas últimas eleições. As crises de 2005 e 2006 do PT, o mensalão e o dossiê dos aloprados, explicam essa resistência eleitoral, segundo os próprios petistas.

Ainda que José Serra (PSDB) tenha vencido Dilma Rousseff (PT) no Estado por 54,05% a 45,95%, e os petistas tenham considerado o resultado "não catastrófico", ficou evidenciada a dificuldade de captar votos de eleitores de Marina Silva (PV) no primeiro turno do pleito.

Na capital, o tucano superou a petista por 53,64% a 46,36% dos votos válidos. O mapa de votação na capital em 2008 e 2010, respectivamente nas eleições municipal e presidencial, é um exemplo do bom desempenho do partido nas periferias e da resistência que enfrenta em regiões de renda mais elevada (ver arte ao lado).

Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou a dirigentes do partido que vai se dedicar pessoalmente às reformulações e articulações necessárias para fortalecer a sigla nas disputas municipais de 2012.

"O fato é que o PT ainda não conseguiu estabelecer um diálogo com os eleitores paulistas no sentido de ter a maioria dos votos, embora nesta eleição (a governador) quase tenha tido segundo turno em São Paulo", admite o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra.

Aloizio Mercadante (PT) não conseguiu ir para o segundo turno com Geraldo Alckmin (PSDB) por 72.571 votos. O petista teve, porém, o melhor desempenho eleitoral (35,23% dos votos válidos) do partido se consideradas as eleições a governador desde 1998, quando Marta Suplicy , derrotada por Mário Covas, obteve apenas 22,18% dos votos.

"Ganhamos prefeituras importantes no Estado, mas não temos conseguido atrair o voto da maioria do povo paulista. É um desafio não só para o PT de São Paulo, mas para o PT do Brasil", acrescenta Dutra.

Segundo ele, o PT já se consolidou como um partido nacional, mas a importância de São Paulo, berço do partido, não pode ser desconsiderada para a sobrevivência política. "O PT já é um partido nacional. Eu não embarco nesta dicotomia que alguns embarcaram dentro do PT de que existe um PT paulista e, portanto, deve existir um PT para se contrapor ao PT de São Paulo. Isso não existe."

Sem querer impor "lições" ao PT de São Paulo, Dutra reconhece que "o PT do Brasil tem que ajudar o PT de São Paulo a encontrar um melhor discurso para ganhar mais votos no Estado".

Agenda. O presidente do PT no Estado, Edinho Silva, já levou o problema à executiva partidária na última semana e preparou um cronograma de seminários pelo Estado ao longo do ano de 2011 para tentar reaproximar o PT de setores da juventude e acadêmicos. Para ele, essa é uma agenda urgente para o partido que não pode ser adiada.

"As eleições mostraram que temos uma dificuldade eleitoral maior onde setores de classe média são mais extensos. O balanço nacional mostra que há uma resistência dos setores médios ao PT, e é em São Paulo onde encontramos a maior dificuldade", reconhece Edinho Silva. O petista defende, ainda, que o PT seja oposição crítica a Alckmin, mas apoie projetos que forem considerados positivos para o Estado.

"Se ele apresentar um projeto repensando o modelo de desenvolvimento do interior do Estado, por exemplo, por que o PT precisa ser contra?", indaga.

O presidente nacional do PT sugere que seja feita uma "análise do perfil político e socioeconômico do Estado" para checar "quais são os anseios da maior parte da população paulista e ver em que o atual discurso do partido se choca com esses anseios".

"Não tenho como dar lição para o PT de São Paulo e os paulistas, mas o PSDB já vai para 20 anos de governo. Isso mostra que o PT de São Paulo tem que encontrar seu caminho", diz o sergipano José Eduardo Dutra.

Armadilha. Para o coordenador da campanha de Aloizio Mercadante e prefeito de Osasco, Emídio de Souza, "o PT precisa fugir da armadilha de ser um partido das periferias".

O prefeito cita alguns exemplos. Em Francisco Mourato, onde predomina uma população de baixa renda, a vitória de Dilma foi avassaladora.

Em cidades médias como São Caetano, São José dos Campos e Campinas a derrota petista é mais retumbante. "Nas dez maiores cidades do Estado o PT só ganhou em Osasco e São Bernardo", disse.
Ainda que se sinta frustrado por conta de a disputa no Estado não ter ido para um segundo turno por tão poucos votos, Emídio de Souza destaca que há uma evolução eleitoral gradual: "São Paulo está deixando de ser uma cidadela intransponível para o Partido dos Trabalhadores".

Colaboração companheiro Marcelo Roque

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Parabéns Presidenta,

O termo Presidente ou Presidenta pouco importa, os dois estão corretos gramaticalmente, ficando o Presidente mais coloquial, porém achamos melhor o termo Presidenta para expressar o peso feminino, ate então inédito em nossa política.
Lançada em novembro de 2007 , quando foi incumbida pelo presidente Lula para anunciar a descoberta do campo de Tupi , o maior até então, da era Pré-sal, marcou 2% na primeira pesquisa eleitoral (Serra marcava 37%), e surgia então um nome a ser construído.
Deu a ela a gerência do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), desenvolvido com grande desenvoltura pela ministra chefe que já pontuava 8% no final do ano (Serra marcava 41%). Nos dois anos que se passaram, variou sempre abaixo do seu principal oponente, só vindo a esboçar uma reação após a convenção do partido em Junho de 2010 onde promete dar continuidade ao Governo Lula.
De Julho a outubro ultrapassa Serra e não fecha a eleição no primeiro turno diante da inesperada reação da ex-petista Marina que alcançou 19% dos votos totais.
O sentimento de perda abate a todos que participam de sua campanha, porém, bastou o primeiro debate para acordar toda a militância.
Se acordar pode ser um verbo figurativo para descrever a retomada da campanha, podemos descrever "Acordar" o sentimento que a Nação não quis para com o sonho que vivia.
O brasileiro vivia o sonho do carro zero, da casa própria, do emprego com carteira assinada, do crédito financeiro, da escola técnica mais fácil e da universidade possível, enfim, estava com a auto estima lá em cima para debater um novo presidente. E neste estado "sonífero" a nossa Presidenta fecha o segundo turno com 12 pontos de vantagens.
Acordado para esse sonho, o partido dos trabalhadores de São Roque, vem a publico expressar seu muito obrigado a todos os que acreditaram neste “projeto de continuidade” iniciado em 2002 com o presidente Lula, enfatizando a grande votação alcançada este ano.

Parabéns Dilma...
Nos acorde no seu próximo sonho.

Eliam Bianchi
Partido dos trabalhadores de São Roque